Não foi pouco o alvoroço causado quando o famoso cartunista Laerte mostrou ao mundo seu novo jeito de ser: vestir-se de mulher. O cartunista, famoso por suas tiras de humor inteligente, foi imediatamente questionado pelos amigos e pelo público em geral: teria o Laerte virado uma “bichona”? O que estaria fazendo o Laerte vestindo-se de mulher?
O cartunista, sempre genial, é categórico ao afirmar que a sexualidade (ser hétero, ser gay ou ser bissexual) nada tem a ver com o seu gênero (ser feminino ou ser masculino). Assim, Laerte afirma que não tornou-se gay, mas passou a viver seu lado feminino - coisas que são muito diferentes e independentes.
Essa polêmica questão a respeito da sexualidade daquele(a)s que ultrapassam as normas sociais está sendo debatida na própria obra do cartunista por meio do personagem Hugo que, um belo dia, decide dar voz também ao seu lado feminino, passando a ser também a travesti Muriel. O personagem vive o conflito de “sair ou não do armário”, mostrando como o simples ato de vestir um vestido, quando feito por um homem, pode gerar reações de violência e homofobia.
Mas afinal, o que são coisas de homem e coisas de mulher? Será que as mulheres são as únicas que podem vivem a feminilidade? Será que um homem não pode vestir-se de mulher e ser heterossexual? E será que uma mulher também não pode ser masculina, independente de qual seja sua sexualidade? O importante mesmo é que as pessoas possam viver o seu gênero e a sua sexualidade de forma livre, sem sofrer violências de qualquer espécie.
Se você for vítima de violência homofóbica, violência doméstica ou qualquer tipo de discriminação (seja agressão verbal ou física) procure imediatamente uma Delegacia de Polícia e busque seus direitos. Além disso, denúncias podem ser feitas ao Ministério Público Estadual. Procure também a ajuda de advogado(a)s, ONG's, Centros de Referência e assessorias universitárias, como o grupo G8-Generalizando do SAJU, que trabalha na defesa dos Direitos das Mulheres e da população LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros).
Fonte: Edição 01/2010 do Jornal do SAJU (p. 8). Artigo de autoria do grupo G8-Generalizando. O Jornal do SAJU tem distribuição gratuita nas comunidades de abrangência do programa, tendo por objetivo a promoção dos Direitos Humanos e da Cidadania em linguagem acessível e não-acadêmica. Baixe aqui a edição completa.
Bem que eu gostaria de namorar um homem que se vestisse de mulher,talvez ele fosse mais sensível e não sendo gay,tudo certo.
ResponderExcluirLaerte precisa de uma repaginada enquanto vestindo-se de mulher seu gosto pessoal é no mínimo duvido, usar e abusar do universo Fashion é uma característica do brasileiro, mas uma boa dose de bom gosto é primordial seja na escolha do traje propriamente dito como na escolha dos acessórios.
ResponderExcluirmeu Deus, ' ai daqueles que chama o bem de mal e o mal de bem'
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